sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Índice de crimes de violência sexual aumentou mais de 100% no AM





Índice de crimes de violência sexual aumentou mais de 100% no AM

Em 2009, número de casos era de 694. Em 2010, dado chegou a 1.427. 
Amazonas registra crescimento de 105,6% no número de estupro.

Girlene MedeirosDo G1 AM
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Violência Sexual 1 (Foto: TV Globo)Crianças de 0 a 11 anos são as principais vítimas
de estupro em Manaus. (Foto: TV Globo)
O número de crimes relacionados a violência sexual no Amazonas dobrou. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública deste ano, a quantidade de casos aumentou 105,6% no estado de 2009 para 2010. Ainda segundo o relatório, as informações correspondem ao volume de ocorrências policiais registradas. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (23).
A Lei Federal 12.015/2009 altera a conceituação de 'estupro' passando a incluir, além da conjunção carnal, os 'atos libidinosos' e 'atentados violentos ao pudor'. Com base neste conceito, o relatório apontou, em 2009, 694 casos de estupro consumados. Já em 2010, a estatística nacional apontou 1.427 registros desse crime no estado. Segundo o relatório, esses valores correspondem a 41 estupros para cada cem mil habitantes. Também na tabela quantitativa, o Amazonas apresentou 185 tentativas de estupro, em 2009, e 333, em 2010.
Dados da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP/AM) de 2011 confirmam o crescimento e indicam que a maioria das vítimas de violência sexual na capital amazonense, em 2011, são mulheres. As informações indicam que 524 vítimas são do sexo feminino e 92 são do sexo masculino.
Ainda de acordo com os dados da SSP/AM, o maior número de vítimas de estupro são crianças de zero a 11 anos. Só em julho, cerca de 53 crianças foram vítimas de estupro. De acordo com a estatística, de janeiro a agosto, foram 276 menores que passaram por este tipo de crime sexual.
O número de crianças, afetadas pelos crimes, é seguido pelos jovens. A faixa etária de 12 a 17 anos foi protagonista de 33 casos de violência sexual este ano. De janeiro a agosto, foram 201 adolescentes afetados por abusos sexuais.
Somando os valores das crianças e jovens com as demais faixas etárias, Manaus apresentou 616 vítimas de estupro registrados pela SSP/AM nos últimos oito meses.
 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Vamos nos dar as mãos?

De mãos dadas há mais de uma década no combate à violência contra as mulheres e lutando por políticas públicas, a Casa Oito de Março - Organização Feminista do Tocantins continua seus projetos de combate à violência contra as mulheres negras (Projeto Bela Dandara) e promoção da auto-estima, assim como continua sua luta contra todas as formas de violência contra as mulheres, com os seguintes trabalhos:
- Atendimento cotidiano, com informações e encaminhamentos a mulheres que sofrem violência;
- Organização de materiais, pesquisas, projetos, oficinas, monitoramentos, cursos e seminários;
- Acolhimento em casos especiais.
Em mais uma semana de não violência à mulher, nossas ações são as seguintes:
21 a 23 de novembro: demarcação da data da consciência negra e agendamento de atividades do projeto Bela Dandar, com difusão do calendário promocional de 2012 (no ítem Artigos desse site).
24 de novembro: oficinas nas boates lights e bares da Arse 75, à tarde.
25 de novembro: oficina sobre violência contra as mulheres com entrega de materiais, das 14 às 17h30min, na Casa Brasil.
30 de novembro a 3 de dezembro: realização da primeira parte do Curso de Promotoras Legais Populares, em parceria com a UFT, campus de Tocantinópolis, incluindo o tema do feminismo, violência contra as mulheres e Lei Maria da Penha.
As mulheres das comunidades, estudantes, técnicas, profissionais sociais e pesquisadoras são convidadas.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O CANAL FUTURA PUBLICOU NOSSO ARTIGO

Boa tarde!!!

Muito bom este artigo de nossa companheira Bernadete Aparecida, da Casa da Mulher Oito de Março, de Tocantins.
Vi o texto circulando da rede Anesps e tomei a liberdade de publicá-lo no site do Conexão Futura.


Bom feriado a tod@s!!!!
 
Kelem Cabral

Sobre migração, tráfico e prostituição de mulheres fora do Brasil

 

O duro caminho de volta
 
 
Cristal era babá no Suriname, mas fugiu depois de três meses de trabalho escravo.
 
Ametista trabalhava de forma ilegal na Alemanha e na Holanda, também como babá,
mas um acidente a obrigou a voltar para o Brasil.
 
Diamante trabalhou de forma ilegal num restaurante em Portugal e foi expulsa do país.
“Depois de três anos procurando trabalho, eu consegui uma vaga em um restaurante.
Já ia me legalizar. Mas antes disso acontecer, acabei sendo deportada, presa e humilhada”, conta Diamante.
 
Ágatha, de 30 anos, relembra sua experiência na Espanha:
“Chegando lá, fui recebida por um homem que me levou para o clube em Ribadeo
e lá eu fiquei durante três meses, sem poder sair,
pagando uma dívida de passagem que não tinha fim.
Este clube foi fechado em uma operação da polícia espanhola
uma semana depois do término do pagamento do meu ‘bilhete’.
Trabalhei em vários clubes em Lugo, Leon e Burgos.
Já tinha mais ou menos um ano lá quando comecei a pensar em trabalhar em outros lugares
que não fossem clubes, mas como não tinha ‘papeles’, não consegui”.
 
No Suriname, Jade, de 26 anos – e cinco filhos – teve que fugir do clube onde trabalhava para se livrar dos aliciadores.
Passou dois anos vivendo na rua e só voltou ao seu país com a ajuda do consulado brasileiro.
“Consegui voltar para casa, trazendo meu filho mais novo. Não sei ler e escrever e gostaria de aprender”, conta.
 
 
 
Neste "para ler" o interessante artigo da jornalista holandesa, baseada em São Paulo, Stijntje Blankendaal,
na revista Carta Capital,sobre o projeto “Mulheres em Movimento”, da ONG Sodireitos, sediada na capital paraense, Belém.
 
 " ..... A cada ano, cerca de 60 mil brasileiros são vítimas das redes internacionais de tráfico de pessoas
e têm como principais destinos a Espanha, Portugal e Suíça, segundo dados divulgados em agosto de 2010 pela Secretaria Nacional de Justiça (SNJ).
Os primeiros resultados do I Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (2008 e 2010)
mostraram que 80% dos brasileiros e brasileiras deportados pela Espanha eram imigrantes ilegais
relacionados a algum tipo de crime de tráfico de pessoas, especialmente destinados à exploração sexual ...."
 
" .... Os relatos produzidos pelas mulheres que integram o projeto “Mulheres em Movimento”
servirão como material de discussão para a elaboração do II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas,
que está sendo elaborado em Brasília ...."
Boa leitura!
 
Marcel  Hazeu (fundador da SoDireitos)
 

we are a million, we’re a growing crowd
Somos um milhão, somos uma crescente multidão
we’re full of hope, we’re dreaming loud
Estamos cheios de esperança, sonhando alto

(trecho da música Breaking Through de Frans van Kranen -2011 /músicos: Frans van Kranen, Paulinho Barcellos, Renato Terra)
 
 
 
Carta Capital - 21.09.2011
O duro caminho de volta
Stijntje Blankendaal
Nas paredes do instituto, meninas escrevem suas histórias na Europa em papel cartolina. Foto: Divulgação “Várias vezes ficou em dúvida se realmente queria ir, mas ela queria experimentar outra coisa, ficar um tempo longe do homem com quem teve um relacionamento por vários anos e com quem agora só vivia conflitos. Como ela estava combinando a viagem junto com uma colega, uma estimulava a outra. Quando embarcou, ainda pensou em desistir, mas queria encarar ao mesmo tempo sabendo que já estava devendo dinheiro da passagem e passaporte. Agora de volta, parece que o tempo passou tão rápido, como se não tivesse ido, não tivesse acontecido tanta coisa. Voltar sem nada também não era bem o que queria. Como encarar a família, os vizinhos? Alguém iria entendê-la?”
O relato, uma ficção baseada em suas próprias histórias, provocou choro entre 11 mulheres do Pará que, durante oito meses, criaram codinomes inspirados em pedras preciosas para falar sobre sua experiência no exterior. O resultado desse trabalho foi apresentado em Belém, na terça-feira 13, a representantes de ONGs, universidades e autoridades locais, pelas 11 mulheres. O pesquisador Marcel Hazeu e a psicóloga Lucia Isabel da Conceição Silva ajudaram a colher os relatos das mulheres, identificadas com nomes como Ametista, Jade, Diamante e Cristal.
Cinco delas haviam voltado da Europa. As outras seis viviam no Suriname, país vizinho que atrai brasileiros (e brasileiras) por causa dos garimpos. Todas tinham histórias parecidas: deixaram o Brasil em busca de uma oportunidade, acumularam dívidas com os empregadores e se tornaram prostitutas em boates ou áreas próximas de garimpos.


Durante encontros, meninas relatavam suas experiências no exterior
Das 11 mulheres, três foram enganadas sobre o tipo de trabalho que iam fazer e acabaram na prostituição. Outras quatro sabiam que iam se prostituir, mas foram surpreendidas pelas condições de trabalho nas boates. Confrontadas com dívidas altas (os donos das boates cobrando caro pela passagem, a comida e a cama) tiveram que trabalhar duro para conseguir sua liberdade (e seu passaporte) de volta.
De volta ao Brasil, fizeram parte do projeto “Mulheres em Movimento”, da ONG Sodireitos, sediada na capital paraense. Os relatos produzidos por elas servirão como material de discussão para a elaboração do II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, que está sendo elaborado em Brasília. O programa foi financiado pela UNGift, junto com mais 12 projetos (entre 440) sobre tráfico de pessoas, recebidos de 76 países em 2010.
A preocupação com o tema tem fundamento: a cada ano, cerca de 60 mil brasileiros são vítimas das redes internacionais de tráfico de pessoas e têm como principais destinos a Espanha, Portugal e Suíça, segundo dados divulgados em agosto de 2010 pela Secretaria Nacional de Justiça (SNJ). Os primeiros resultados do I Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (2008 e 2010) mostraram que 80% dos brasileiros e brasileiras deportados pela Espanha eram imigrantes ilegais relacionados a algum tipo de crime de tráfico de pessoas, especialmente destinados à exploração sexual.

Jovem escreve em material produzido pela ONG
Segundo estimativas do Escritório das Nações Unidas Sobre Drogas e Crime (Unodc), a exploração sexual é a maior causa do tráfico de pessoas: 79% dos casos, sobretudo mulheres. O tráfico de pessoas só perde para o tráfico internacional de drogas e armas como tipo de crime organizado mais lucrativo no mundo, movimentando 2,5 milhões de pessoas e mais de 32 bilhões de dólares por ano. De acordo com a antropóloga Maia Sprandel, do Grupo de Trabalho de Migrações Internacionais da Associação Brasileira de Antropologia e Assessora Técnica da Liderança do PT no Senado, o tráfico de pessoas é difícil de identificar, pois se confunde muitas vezes com a migração irregular. O fato de ser um estrangeiro sem documentos torna a pessoa mais vulnerável ao tráfico, lembra ela.
No caso das mulheres do Pará, o trabalho feito pelas ONG tinha como objetivo fazer com que elas narrassem os próprios casos para que tivessem consciência da exploração sofrida tanto por aliciadores como pelos empregadores – e também pelo país que não as protegia. Assim, evitariam um possível retorno ao local, já que a maioria, ao voltar para casa, encontrava as mesmas dificuldades que a levava a buscar uma alternativa em outra nação.
Os relatos desenvolvidos pelo grupo capturaram as lembranças pessoais das vítimas da exploração. Num dos contos, a personagem relembra as saudades do País, que tentava vencer usando chinelos havaianas, tomando caipirinha e acompanhando a seleção brasileira de futebol. A situação é comparada por ela como a de “um soldado na guerra”. E a recepção no País de origem não era menos dolorosa: “Depois da alegria do reencontro, ela sabe que sua presença seria desnecessária para os outros, às vezes incômoda, às vezes até sem sentido, para ela e para os outros. Uma vida de dois anos em duas malas”.


Num dos contos, a personagem relembra as saudades do País, que tentava vencer usando chinelos havaianas, tomando caipirinha e acompanhando a seleção brasileira de futebol. A situação é comparada por ela como a de 'um soldado na guerra'
Embora com destinos diferentes, as histórias tinham desfechos comuns: Cristal era babá no Suriname, mas fugiu depois de três meses de trabalho escravo; Ametista trabalhava de forma ilegal na Alemanha e na Holanda, também como babá, mas um acidente a obrigou a voltar para o Brasil; Diamante trabalhou de forma ilegal num restaurante em Portugal e foi expulsa do país. “Depois de três anos procurando trabalho, eu consegui uma vaga em um restaurante. Já ia me legalizar. Mas antes disso acontecer, acabei sendo deportada, presa e humilhada”, conta Diamante.
Ágatha, de 30 anos, relembra sua experiência na Espanha: “Chegando lá, fui recebida por um homem que me levou para o clube em Ribadeo e lá eu fiquei durante três meses, sem poder sair, pagando uma dívida de passagem que não tinha fim. Este clube foi fechado em uma operação da polícia espanhola uma semana depois do término do pagamento do meu ‘bilhete’. Trabalhei em vários clubes em Lugo, Leon e Burgos. Já tinha mais ou menos um ano lá quando comecei a pensar em trabalhar em outros lugares que não fossem clubes, mas como não tinha ‘papeles’, não consegui”.
No Suriname, Jade, de 26 anos – e cinco filhos – teve que fugir do clube onde trabalhava para se livrar dos aliciadores. Passou dois anos vivendo na rua e só voltou ao seu país com a ajuda do consulado brasileiro. “Consegui voltar para casa, trazendo meu filho mais novo. Não sei ler e escrever e gostaria de aprender”, conta.
Estigmas
Segundo o relatório Mulheres em Movimento, as mulheres exploradas no exterior não optaram e nem se identificaram como “prostituta” ou “imigrante”, mas escolheram migrar, às vezes por meio da prostituição, sem imaginar as consequências desta decisão.
Ao final, quando sua história foi narrada pelas próprias mulheres houve “um silêncio absoluto” no público, conta pesquisador
“Assim, toda mulher migrante do Brasil, de classe baixa, começa a ser identificada como uma prostituta, atuando e muitas vezes se reconhecendo como tal”, diz o relatório. “Esta identidade é produzida no contexto migratório”, aponta o documento.
Segundo a ONG, ao chegar a outro país, as mulheres se deparam com um mercado que se alimenta da “erotização da imagem da mulher brasileira, como mais aberto ao sexo e, consequentemente, mais ‘quente’ e liberal que as demais”. A consequência é que esse discurso, segundo a entidade, “também começa fazer parte do discurso das próprias mulheres migrantes”.
O preço que se paga é alto, perceberam as mulheres. Ao invés de serem vistas como mulheres trabalhadoras, querendo sair das periferias para melhorar de vida, como as gerações anteriores já fizeram a partir do Nordeste e do interior da Amazônia, elas são muitas vezes simplesmente vistas como “putas”.
“Em geral, trata-se de mulheres não mais tão jovens, às vezes semianalfabetas, para quem não existe amparo financeiro ou programas de capacitação do governo”, diz o pesquisador Marcel Hazeu.

De volta ao Brasil, mulheres se reuniram, criaram codinomes inspirados em pedras preciosas; relatos ajudavam na compreensão da exploração que sofriam no exterior
Ao final da apresentação do relatório, a um público de cerca de 130 pessoas reunidas em Belém, uma cena simbólica: Ametista, uma das mulheres do grupo, voltou para casa de barco. Ela mora numa ilha próxima a Belém, para onde voltou depois de uma experiência na ilegalidade na Holanda. É o mesmo lugar onde Marcel Hazeu a buscou diversas vezes para que ela participassem, a contragosto no início, do grupo de pesquisa. Ao final, quando sua história foi narrada pelas próprias mulheres, houve “um silêncio absoluto” no público, relembra Hazeu.
Ametista não pensa mais em voltar para a Europa, onde trabalhava como babá. “Depois de três tentativas consegui entrar numa faculdade. Estou fazendo engenharia ambiental. Estou trabalhando como educadora social, alfabetizando jovens e adultos na periferia.” Ela ganha 800 reais, mais um dinheiro para o transporte. A ONG Sodireitos lhe ajudou a comprar um barco, que leva Amentista e os outros moradores das ilhas para a cidade. “Pago minha faculdade e convivo com minha filha de sete anos e meus pais”.
Stijntje Blankendaal

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Mais notícias na Net sobre o tráfico de pessoas

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    diariodocongresso.com.br/.../2011/.../cpi-do-trafico-de-pessoas-inves...
    Publicado por dconline em 3 de outubro de 2011 às 11:19 | Comentários 0 ... O caso chegou a CPI do Tráfico de Pessoas durante diligência dos senadores em ...
  • segunda-feira, 7 de novembro de 2011

    Sairá na nossa cartilha sobre DDSS & DDRR

    A prostituição, a exploração sexual comercial e o tráfico para fins sexuais na Amazônia Oriental

                A Amazônia legal é muito grande, se compõe de cerca de10 Estados, áreas urbanas, rurais, quilombolas, ribeirinhas, áreas de secas e de inundações, de amplas estradas e de vias barrentas, da grande floresta, das palmáceas e da convivência com o cerrado. A Amazônia é intensa de possibilidades e de problemas, que costumam também serem maiores e mais peculiares que nas outras regiões. A Amazônia oriental, onde vivemos, é formada pelos Estados do Tocantins, Pará, Amapá e Maranhão. Os problemas sociais, econômicos, culturais e ambientais são similares, assim como as problemáticas que atingem as mulheres e seus direitos humanos também são muito parecidas.
                A exploração sexual comercial de Crianças e adolescentes em nossa região é um fato que não pode ser negado. É comprovado pelos levantamentos de dados que fizemos, com o apoio da Pastoral da Mulher Marginalizada, Mensen Met een Missie e Fundo Social Elas nos últimos três anos. Essa forma de violência sexual acontece de várias maneiras: ao redor de bares, de postos de gasolina e postos fiscais, próximo a hotéis, em áreas de grandes projetos como hidrelétricas, mineração e instalação de empresas, em embarcações, em fronteiras, em estações, em portos e em rodovias estaduais e federais. A exploração sexual comercial atinge, ainda, principalmente as meninas, mas já envolve também meninos e travestis, numa proporção de cerca de 30% ao longo das BR´s e nos centros urbanos da Amazônia Oriental.
                Pode-se dizer que a prostituição também assume as mesmas características, além de uma forma muito acentuada de rotatividade e tráfico interno de mulheres. As mulheres vêm e vão em levas que tem como principal atrativo a quantidade de homens e os dias de pagamento. Assim, áreas de obras, construções, hidrelétricas, garimpos, mineração, comércio ambulante, turismo, praias de rio e mar, fronteiras, BR´s e proximidade de hotéis e casas noturnas são pontos comuns entre os quatro estados nessa configuração da prostituição e do fluxo interno do ir e vir das mulheres no intuito da prostituição.
                Trata-se de um tipo de prostituição cada vez mais jovem, com maioria das mulheres iniciando ainda na adolescência, por razões decorrentes da necessidade econômica e das várias formas de violência e uma prostituição pensada como atividade provisória. Elas migram dos Estados do norte para o sul e dos Estados amazônicos para onde há atrativos com grande contingente masculino como os grandes projetos, negócios e turismo. A maior migração é do Maranhão para Tocantins, Maranhão para o Pará e Maranhão para o Amapá; assim como do sul do Pará para Tocantins (Palmas, Paraíso, Golpe e Dianópolis), de Marajó, Santarém, Marabá e outros interiores para o Amapá e seus principais focos como Oiapoque, Laranjal e Vitória do Jarí, Pedra Branca do Amapari, Ferreira Gomes e Macapá.
                O tráfico internacional se dá pelas fronteiras secas, por barcos e por via aérea. Por fronteira seca e barcos as mulheres da Amazônia oriental saem para Suriname, Guianas e Venezuela, principalmente. Por via aérea seguem para a Europa e América do norte, principalmente para Espanha e Portugal, Suíça, Holanda, Alemanha, Itália e Estados Unidos. O número de mulheres assediadas para irem se prostituir no exterior é cada vez maior, assim como os problemas relativos às drogas, violência, discriminação e violação de direitos sexuais e reprodutivos como aborto inseguro e violência sexual de várias formas.
    Bernadete Aparecida Ferreira
    Coordenadora da Pastoral da Mulher Marginalizada – região norte 
    Presidenta da Casa Oito de Março – Organização Feminista do Tocantins


    domingo, 6 de novembro de 2011

    CALENDÁRIO DO PROJETO BELA DANDARA DO TOCANTINS

    Amigas e amigos,

    Já com votos de um feliz natal, vejam e Imprimam o calendário do projeto BELA DANDARA, o qual foi apoiado pela Cese em sua primeir etapa e deverá continuar em áreas quilombolas.
















    sábado, 5 de novembro de 2011

    NOTÍCIA NOTÍCIA NOTÍCIA NOTÍCIA NOTÍCIA NOTÍCIA

    Números apontam que prostituição na BR-101 pode impulsionar gravidez de jovens no Nordeste
    Carlos Madeiro
    Especial para o UOL Notícias
    Em Maceió
    Em 15 anos, o número de jovens com até 19 anos que engravidaram caiu proporcionalmente no país. Em 1994, 504 mil crianças e adolescentes tiveram filhos, contra 574 mil em 2009. Nesse período, o crescimento no número de gravidez juvenil foi de 13%, pouco mais da metade do aumento da população dos 15 anos, que chegou a 24%.
    Mas os dados apresentaram diferenças regionais significativas. Enquanto Sul, Sudeste e Centro-Oeste comemoraram uma redução absoluta nos números, Norte e Nordeste apresentaram uma alta de 58% e 55%, respectivamente, bem acima do aumento populacional. Segundo dados do DataSus, de cada cem grávidas no país em 2009, 19,9% eram crianças ou adolescentes –contra 19,8%, 15 anos antes. Já no Nordeste, essa média passou de 21,9% para 22,9%.
    E é no Nordeste que os números apontam que a gravidez na adolescência caminha lado a lado com a prostituição às margens das rodovias, em especial a BR-101, a mais movimentada da região. O UOL Notícias analisou os dados de todos os municípios nordestinos cortados pela rodovia, que liga as capitais de seis dos nove Estados da região –BA, SE, AL, PE, PB e RN. Em mais de 80% dos casos, esses municípios apresentaram índices de gravidez na adolescência maiores que a média do respectivo Estado. O problema ainda é mais grave nas cidades das divisas e naquelas consideradas dormitórios.
    No final de 2010, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) publicou um estudo onde identificou 1.820 pontos de prostituição de crianças e adolescentes nas rodovias brasileiras. Desses, a maioria –545 ao todo– estava no Nordeste. Por questões estratégicas, a PRF não informou os locais com principais focos de atuação dos criminosos.
    Variação do percentual de adolescentes grávidas no Brasil em 15 anos
    Clique na imagem abaixo para navegar pelo infográfico:

    Os dados da exploração infanto-juvenil nas rodovias também são apontados por outra pesquisa, do Instituto Childrood. A pesquisa "O perfil do caminhoneiro" apontou que, entre 2005 e 2010, houve queda no número de adultos que se disseram envolvidos com a exploração sexual de crianças e adolescentes. Mesmo assim, 17,9% dos caminhoneiros entrevistados naquele período admitiram que já saíram com crianças e adolescentes. Mais uma vez, o Nordeste é apontado como região preocupante. "As regiões Nordeste e Norte do país continuam sendo as mais citadas pelos caminhoneiros como locais onde há predomínio de crianças e adolescentes sendo explorados", diz o estudo.
    Dados pelos Estados
    São muitos os municípios às margens da BR-101 com números que chamam a atenção pela diferença na comparação com dados regionais. Um exemplo é Xexéu, no extremo sul de Pernambuco. A cidade, que faz divisa com Alagoas, é ponto de parada fiscal de caminhões e, em 2008, registrou a maior média de gravidez de todo o Estado, com índice de 33,6% de grávidas com menos de 20 anos. Todas as demais cidades que são cortadas pela BR, com exceção daquelas na região metropolitana do Recife, apresentam índices superiores à média estadual, que fica em 22,2%.
    Na Bahia, onde a BR-101 tem início vinda do Sudeste, 15 cidades cortadas pela BR têm médias superiores a 25%, bem acima do registrado no Estado –21,9%. Em Itapebi, cidade no entroncamento da BR-101 com a BA-275, por exemplo, o índice de gravidez na adolescência chega 34,9% do total de mulheres. Já em Teolândia, cortada pelas BRs 101 e 420, o índice é ainda maior: 35% das grávidas eram crianças ou adolescentes. As cidades de Buerarema, Ubaitaba, Itabela, Itamaraju, Itajuípe e Ubaitaba também apresentaram índices superiores a 30% de gestantes com menos de 20 anos.
    Deixando a Bahia, chega-se a Sergipe, que também não foge à regra e, apesar de ser o menor Estado do país, também tem suas cidades nas divisas com índices acima da média. Em Cristianópolis, na entrada sul do Estado, o índice de gravidez na adolescência chega a 26% do total. Já na saída norte, a cidade de Propriá registra um dos mais altos índices do Estado: 30,1%.
    A situação de Alagoas não é diferente. O Estado possui um índice de gravidez na adolescência de 23,8%, o maior entre os seis Estados cortados pela rodovia, mas as cidades apresentam médias bem acima. É o caso de Pilar, considerada cidade "dormitório", e que fica num entroncamento de mais duas rodovias: BR 316 e AL 210. O município, que é um dos cinco mais ricos do país, tem índice de 30,9%.
    Na Paraíba e no Rio Grande do Norte, os índices seguem a mesma lógica. As cidades de Canguaretama (RN), com índice de 33,2%, e Alhandra (PB), com percentual de 30,1%, são destaque no ranking da gravidez na adolescência nos respectivos Estados.
    Especialistas veem relação
    Especialistas consultados pelo UOL Notícias afirmaram desconhecer pesquisas que mostrem o impacto da gravidez na adolescência em cidades cortadas por rodovias de grande fluxo, mas, ao serem apresentadas aos dados colhidos pela reportagem, admitiram a possível existência de uma relação entre os fatos.
    Segundo a coordenadora do Instituto Childhood, Rosana Junqueira, a prostituição infanto-juvenil ainda se caracteriza como um problema "grave" nas rodovias brasileiras. Segundo ela, apesar do aperto da fiscalização nos últimos anos, o crime é dinâmico e migra de local para despistar a atuação das autoridades.
    Para Junqueira, regiões pobres e com rodovias movimentadas, como a BR-101 no Nordeste, podem agravar o problema. "Percebemos que esse tipo de crime muda de lugar e de atuação. Existem dois tipos de casos: de adolescente que procuram e de adolescentes que são aliciadas. Às vezes a jovem tem essa cultura na própria família. E existe uma tendência de esses casos ocorrerem em regiões mais pobres”, disse.
    A coordenadora afirma que o papel do caminhoneiro é fundamental para tentar reduzir esses índices, por isso o instituto tem campanhas de conscientização para utilizar esses profissionais como disseminadores de informações. "Mas o poder público precisa de um enfrentamento disso de forma integrada. Não podemos subestimar essa rede. Ela é grande e anda sempre muito perde do tráfico de drogas e do roubo de carga”, afirmou.
    A diretora do Instituto Kaplan, Maria Helena Vilela, afirmou que também não conhece estudos específicos que apontem para uma relação direta entre a gravidez na adolescência e a prostituição nas rodovias. Mas a especialista em Saúde Pública e Sexualidade Humana assegura que as cidades de passagem e turísticas sempre apresentam índices mais significativos.
    Para Vilela, as rodovias propiciam oportunidades para que as jovens conheçam homens, normalmente sós, e assim iniciem precocemente a vida sexual. “Pode se dizer, pela pouca maturidade que ainda se tem, que a gravidez na adolescência entre os 10 e 15 anos está relacionada com o abuso sexual. E isso acontece realmente em cidades onde os moradores têm poucas perspectivas, como essas cortadas pela BR. Não posso dizer cientificamente que é por conta da prostituição, mas deve haver uma relação direta nesses dados, sim”, disse Vilela, que coordena o projeto Vale Sonhar, que trabalha com orientação sexual de jovens em escolas do país.
    O UOL Notícias entrou em contato, no início da semana, com a Polícia Rodoviária Federal, para questionar sobre fiscalização na rodovia e combate de ações à prostituição infanto-juvenil nas rodovias do Nordeste, mas até a publicação desta matéria não havia recebido resposta.

    quarta-feira, 2 de novembro de 2011

    Últimas notícas na NET sobre a CPI do tráfico de pessoas

    Gente, me enviem suas notícias. Compartilhamos com vocês as últimas notícias sobre a CPI do tráfico de pessoas.


    CPI do Tráfico de Pessoas ouve acusados no Amazonas | Portal ...

    www.portalamazonia.com.br/.../cpi-do-trafico-de-pessoas-ouve-envo...Em cache
    30 set. 2011 – CPI do Tráfico de Pessoas ouve acusados no Amazonas. ... O edital para a concessão das áreas deve sair até o final de 2011. O objetivo da ...
  • Portal Amazônia - Notícias - CPI do tráfico de pessoas realiza ...

    www.portalamazonia.com.br/.../amazonas/2011/.../cpi-do-trafico-de-...Em cache
    30 jun. 2011 – CPI do tráfico de pessoas realiza primeira oitiva em Manaus ...

  • CPI do Tráfico de Pessoas ouve envolvidos em turismo sexual no ...

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    CPI do Tráfico de Pessoas ouve envolvidos em turismo sexual no Amazonas. Postado em 30/09/2011 - 13:13. Os réus José Lauro Rocha da Silva e os irmãos ...

  • CPI do Tráfico de Pessoas: empresário nega prática de turismo ...

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    4 out. 2011 – Loading ... Especial Parintins 2011 ... Ocupou cargos de ...

  • CPI vai investigar turismo sexual como porta para tráfico humano

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    30 set. 2011 – 30/09/2011 - 17h15. CPI vai investigar turismo sexual como porta para tráfico humano. [Foto]. O turismo sexual como porta para o tráfico de pessoas será ... à CPI por meio de um caso específico ocorrido no Amazonas. A CPI ...

  • CPI do tráfico de pessoas pode iniciar diligências pelo Amazonas ...

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    3 maio 2011 – CPI do tráfico de pessoas pode iniciar diligências pelo Amazonas ... primeira reunião de trabalho da CPI, requerimento para o Amazonas ser um ... do tráfico nacional e internacional de pessoas no período de 2003 a 2011. ...

  • Amazonas no foco da CPI do tráfico de pessoas | Manaus | Acritica ...

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    3 maio 2011 – A CPI foi instalada no último dia 27 de abril, e tem 120 dias para ... do tráfico nacional e internacional de pessoas no período de 2003 a 2011.

  • AMAZÔNIA INFORMA: CPI do tráfico de pessoas inicia os trabalhos em ...

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    Dados da CPI apontam para a existência de 520 rotas deste crime no Brasil – parte delas na Amazônia. ... neste ano para apurar o crime de tráfico de pessoas no Amazonas. ... Postado por AMAZÔNIA INFORMA às Domingo, Julho 03, 2011 ...

  • Manaus é a primeira a receber CPI que investiga tráfico de pessoas ...

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    9 jun. 2011 – A senadora Vanessa, que é presidente da CPI, lembrou que a Comissão foi criada para investigar o tráfico nacional ... segunda 31 outubro 2011 . ... Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Estado do Amazonas, ...

  • CPI quer leis mais duras para combater tráfico humano

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    Agência Amazônia Em Defesa da Vida · Lomadee, uma nova espécie na web. ... tráfico humano. Qua, 11 de Maio de 2011 01:05 ... O Código Penal brasileiro só considera o tráfico de pessoas para fins de exploração sexual. Já o protocolo ...

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    PARÁ
     

    CPI do Tráfico de Pessoas realiza audiência em Belém - 22/08/2011 ...

    noticias.uol.com.br/.../2011/.../cpi-do-trafico-de-pessoas-realiza-audi...Em cache
    22 ago. 2011 – A CPI do Tráfico Nacional e Internacional de Pessoas realizou audiência nesta segunda (22), em Belém (PA), e tomou depoimentos sigilos...