terça-feira, 3 de maio de 2011

notícias de ações em 2010 - Em A Trilha - projeto AMA BRASILIE

27/03/2010
 
 REUNIÃO DA RETRATO - REDE DE ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO DE SERES HUMANOS E PROSTITUIÇÃO FEMININA
A reunião começou com a exposição em PowerPoint (anexa) sobre a conceituação e realidade do Tráfico de Seres Humanos no Mundo, e o enfoque privilegiado dado ao Tráfico de Mulheres, a partir do Protocolo Palermo. A exposição também mostra a realidade do Estado do Tocantins que cotidianamente tem mulheres sendo assediadas para saírem do país para fins sexuais e tem a migração para países como Espanha, Portugal, Alemanha, Suíça, Suriname, Guianas etc. Mas, o tráfico de mulheres e adolescentes mais acentuado é o que ocorre internamente, dentro do próprio Estado e o tráfico interestadual e inter-regional.
Após debates e a sensibilização, foram feitas as propostas de continuidade da rede:
- Aprofundar o tema no I Seminário do Plano Estadual de Enfrentamento da Feminilização das DST/AIDS nos dias 11 e 12 de março de 2010 com a particpação da Polícia Federal (já aconteceu);- Acompanhar mulheres que estão voltando de outras localidades e ver quem poderá fazer esse trabalho de mapeamento e de atendimento e acolhida;
- Lutar por um local de tratamento das mulheres drogadictas e por outros serviços voltados ao Enfrentamento do TSH;
- Realizar uma reunião entre as gerências da área da mulher dos municípios/ Estado sobre o tema;
- Fazer um levantamento dos núcleos e centros de referência sobre a violência – sensiblizá-los sobre a questão do Tráfico e prostituição forçada no Estado do Tocantins;- Marcar um Encontro de nível estadual e trazer pessoas também do interior já para planejar e propor as estratégias conjuntas;
- Fazer a lista virtual da RETRATO.
 
A PMM regional norte e o GMEL apresentaram e distribuíram a cartilha sobre legislação de enfrentamento à prostituição, à exploração sexual comercial e ao tráfico.
 

Escrito por ferreira.bernadete às 17h00
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A REUNIÃO SOBRE A ASSEMBLÉIA POPULAR NA PRAIA DAS ARNOS
 
Faremos mais uma reunião/ assembléia no domingo de manhã no setor Santa Bárbara. Os temas serão geração de renda para as mulheres e a questão da água, transporte e energia.
Na reunião de hoje, embora com poucos/as participantes conseguimos conversar sobre a proposta metodológica da AP, resgatar um pouquinho dessa caminhada no Tocantins e sobre o quanto é importante o povo ter oportunidades de discutir seus problemas concretos, que atingem a todos/as nós. Um deles é o problema da exploração do cerrado e dos minérios do Tocantins.
Reconhecendo nossas dificuldades em mobilizar o povo, diante do bombardeio de atividades e diferentes setores trabalhando os mesmos temas (Saneatins, encontro sobre mineração, prefeitura nos bairros etc.) resolvemos continuar a discussão sobre assembléias propulares em diferentes espaços: no final de abril/ início de maio, com o encontro das empregadas domésticas e em meados de maio em um encontro do Fórum de lutas sobre a questão da democracia.
Porém, como recebemos notícias de pessoas interessadas nessa discussão em outros municípios como Porto Nacional, Tocantinópolis e Araguaína, estamos incentivando a realização de reuniões ou as próprias assembléias locais populares.
Podemos disponibilizar material sobre a metodologia das assembléias populares e a agenda nacional.
O pequeno grupo presente hoje na praias das ARNOS acha de suma importância continuarmos nossa agenda de lutas pautada nessa mesma linha de apoio à construção de um projeto popular para o Brasil intensificando ou radicalizando os mecanismos de democracia participativa popular como temos feito ao longo desses anos.
Recordamos: realizamos duas semanas sociais, três plebiscitos (sobre a dívida externa, sobre a ALCA e sobre a Vale do Rio doce, participamos daas assembléias populares de 2005 com uma grande delegação e recordamos a principal estratégia proposta pelos/as tocantinenses na assembléia popular de 2005 a qual precisamos melhorá-la, a defesa do cerrado e a luta contra os grandes projetos.
Recordamos também que ainda para esse ano temos as seguintes importantes agendas:
- Essa campanha da fraternidade ecumÊnica sobre o modelo econômico brasileiro;
- Os plebiscitos sobre o direito à terra e a reforma agrária;
- A Assembléia Popular nacional em maio;
- O grito dos/das excluídos/as em torno da luta pela reforma agrária;
- Entre outras coisas.
Sinalizaremos novas notícias.
 
Bernadete AP
26 de março de 2010
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14/05/2010
 
Encontro estadual sobre reduções de danos.
 
Amigos e amigas dos movimentos sociais do Tocantins,
 
De 7 a 9 de junho acontecerá em Palmas - TO, no Conselho Regional de Medicina - TO, o Encontro estadual de redução de danos de dependência química .
 
Mais contatos com o Max, do departamento de vigilância epidemiológica da Secretaria Mul. de Saúde, e nós, da Casa Oito de Março estamos com a incumbência de mobilziar movimentos e práticas sociais para participarem. Telefones: (63) 3224--2002 e 3224-4718.
 
Abraços.
 
 
bernadete
 

Escrito por ferreira.bernadete às 00h03
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12/05/2010
A Casa da Mulher Oito de Março, Cedecas, a ARAP - Organização de apoio a famílias e egressos do sistema prisional, Associação de artesãs/ãos, Centros de Direitos Humanos, de Palmas e de Colinas, representantes quilombolas, indígenas, de organizações étnicas, e de movimentos sociais autônomos, o MAB, a PMM, a CPT, além de alguns Órgãos do governo etc. participaram da audiência pública realizada no dia de hoje na Sede da OAB do Estado do Tocantins, em Palmas.
 
Foi ressaltada a pouca participação popular, com falas muito mais de representantes das Organizações e assessorias dos movimentos do que propriamente das populações mais atingidas pelas violações de direitos, mesmo assim, pode-se fazer um balanço positivo das críticas e denúncias feitas, com embasamentos baseados no trabalho empírico cotidiano das Organizações e em diagnósticos e levantamentos muito bem feitos também.
 
O Josimo Vicente (meu filho de 10 anos) representando o Cedeca Talita, Cúmi denunciou também o descaso com as lan-houses que aceitam crianças acessarem conteúdos de jogos e outros (que nem conhecemos) desde que paguem; as crianças vem desacompanhadas às lan-houses e ficam vulneráveis ao assédio de pessoas mais velhas, além de iniciarem um ciclo vicioso de ida diuturna às casas de video-games e acesso à internet.
 
A Casa 8 de março relatou os principais problemas que atingem às mulheres tocantinenses, principalmente: a violência, o tráfico de meninas e mulheres para fins de exploração sexl, o desemprego, o trabalho infantil doméstico e a drogadicção. Denunciou também a falta de uma política estadual voltada para mulheres com planejamentos e outros elementos consistentes para monitoramento, avaliação e implementação.
 
Da mesma forma, o MAB denunciou os problemas relativos ao desrespeito com as populações atingidas pela construção das hidrelétricas, em especial na atual construção da Hidrelétrica de Estreito, onde existem há mais de 10 meses centenas de famílias acampadas exigindo o respeito aos seus direitos.
 
Assim por diante, os centros de direitos humanos, a CPT, representantes camponeses soltaram o verbo e exigiram principalmente enfrentamento sistêmicos dos principais problemas de violações de direitos humanos decorrentes da implementação do modelo de desenvolvimento vigente no Estado e da decorrente implementação dos chamados grandes projetos de desenvolvimento.
 
Propusemos conjuntamente há realização de mais audiências públicas, de preferência de maneira regionalizada e com ampla divulgação antecipada junto aos movimentos sociais e às populações vulneráveis, socialmente excluídas e as chamadas "minorias".
 
17/05/2010
 
XI SEMINÁRIO SOBRE  MULHER E SAÚDE
 
Programação:
 
30 de maio: 15 horas: Abertura, apresentação, mesa de debates: O PND III e os pontos controversos (Silvia Camurça do SOS corpo e cinvodados/as do Estado) e o PNDH III em relação aos outros Planos de direitos humanos.
 
Noite Cultural: praia das ARNOS, música e dança.
 
31 de maio: Manhã: O PNDH III, avanços sobre o´direito humano à saúde das mulheres. (Lúcia Viana - ainda não deu resposta)
                              O PNDH III, a questão do aborto e a continuidade da luta contra a criminalização das mulheres e pela legalização do aborto com serviços no SUS. Silvia Camurça
 
Debates.
 
Almoços
 
14 horas: O PNDH III e a questão da prostituição - GMEL.
 
Debates
 
Intervalo.
 
Encaminhamentos sobre as questões relativas ao movimento de mulheres e movimento feminista - a luta contra a criminalização das mulheres; o encontro nacional da AMB; a luta contra a mercantilização do corpo e auto-organização das mulheres em situação de prostituição, temas para o XII seminário sobre Mulher e Saúde - 2011.
 
Agenda do Fórum de Mulheres até dezembro.
 
 
Dia 15 de maio, sábado,
 
A Casa 8 de março com a ONG Roda de Fiar, organizamos e realizamos uma pequena oficina sobre como fazer um blog, para uso pessoal e para o trabalho das organizações das participantes.
Foi muito prática, simmples e legal. Nós aprendemos e mesmo e de agora em diante vamos usar mais essa mídia tão disponível e barata para nossas comunicações.
 
Obrigada às jornalistas Cláudia e Aline, da Roda de Fiar, que facilitaram o trabalho e tiveram muita paciência, pois era preciso dar atenção focada em cada uma das participantes.
Participaram: Paulina, Bernadete, Carmem, Tatiane, Marli, Jordânia, Josimo e Guilherme
Pode conferir.
 
17/05/2010
 
XI SEMINÁRIO SOBRE  MULHER E SAÚDE
 
Programação:
 
30 de maio: 15 horas: Abertura, apresentação, mesa de debates: O PND III e os pontos controversos (Silvia Camurça do SOS corpo e cinvodados/as do Estado) e o PNDH III em relação aos outros Planos de direitos humanos.
 
Noite Cultural: praia das ARNOS, música e dança.
 
31 de maio: Manhã: O PNDH III, avanços sobre O direito humano à saúde das mulheres. (Lúcia Viana - ainda não deu resposta)
                              O PNDH III, a questão do aborto e a continuidade da luta contra a criminalização das mulheres e pela legalização do aborto com serviços no SUS. Silvia Camurça
 
Debates.
 
Almoços
 
14 horas: O PNDH III e a questão da prostituição - GMEL.
 
Debates
 
Intervalo.
 
Encaminhamentos sobre as questões relativas ao movimento de mulheres e movimento feminista - a luta contra a criminalização das mulheres; o encontro nacional da AMB; a luta contra a mercantilização do corpo e auto-organização das mulheres em situação de prostituição, temas para o XII seminário sobre Mulher e Saúde - 2011.
 
Agenda do Fórum de Mulheres até dezembro.
 
17h30 encerramento
 
 
01 de junho - para as mulheres do GMEL - Grupo Mulher, Ética e Libertação (mulheres em situação e ex)
 
Telefones para contato: (63) 9966-6532 / 3224-4718 / 3224-2002
  
Dia 15 de maio, sábado,
 
A Casa 8 de março com a ONG Roda de Fiar, organizamos e realizamos uma pequena oficina sobre como fazer um blog, para uso pessoal e para o trabalho das organizações das participantes.
Foi muito prática, simmples e legal. Nós aprendemos e mesmo e de agora em diante vamos usar mais essa mídia tão disponível e barata para nossas comunicações.
 
Obrigada às jornalistas Cláudia e Aline, da Roda de Fiar, que facilitaram o trabalho e tiveram muita paciência, pois era preciso dar atenção focada em cada uma das participantes.
Participaram: Paulina, Bernadete, Carmem, Tatiane, Marli, Jordânia, Josimo e Guilherme
Pode conferir.
 
(0) Comente] [envie esta mensagem] [link] Foto Lúcia Martins- FMAP 
 
 


Mulheres da Amazônia se mobiizam no Pará até o dia 18
02/06/2010
 
 O GRUPO FEMINISTA "MULHER, ÉTICA E LIBERTAÇÃO" – GMEL - E O PNDH III
  
O Grupo Feminista "Mulher, Ética e Libertação" formado por mulheres em situação de prostituição, mulheres que estiveram em situação de prostituição, travestis, transgêneros e simpatizantes, reunido em Palmas – Tocantins, de 30 de maio a 01 de junho de 2010, com a finalidade de estudar e refletir sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos – III, vem a publico manifestar sua reação em relação às mudanças impostas ao PNDH III por parte do governo e sobre a parte que fala do tema da prostituição como alternativa de trabalho digno, decente e seguro para as mulheres.
 
Não aceitamos e não concordamos com as alterações feitas pelo governo nos nove pontos, por meio do Decreto7.177, após tanta luta dos movimentos sociais, principalmente o movimento feminista e de mulheres em defesa do plano como um todo, para que não tivesse mudanças.
 
Não aceitamos também, desde o princípio, o que diz o plano sobre regulamentação da prostituição como alternativa de trabalho justo, seguro, decente e digno para as mulheres brasileiras, por isso a regulamentação, quando sabemos que pelo menos 70% das mulheres imersas na prostituição não desejam a regulamentação, foram jogadas nessa atividade por falta de alternativas de vida e por ser a prostituição em si no Brasil sinal de uma extensa violência de gênero e violência institucionalizada com raízes ligadas ao machismo, ao patriarcado, à desigualdade econômica e outros tipos de desigualdades, menos uma opção das mulheres. Exigimos políticas públicas de igualdade.
 
Por essas razões, decidimos lutar, com os nossos grupos e redes aliadas, para que tenha valor aquilo que os grupos e movimentos lutaram para que fosse assumido no Plano Nacional, mas também lutar para mudar as diretivas que reduzem o tema da prostituição à regulamentação.
 
Não queremos a profissionalização do sexo. Queremos alternativas ao direito humano de não nos prostituirmos; não sermos marginalizadas. Declaramos que não temos preconceito e nem repudiamos as mulheres que estão na prostituição, mas repudiamos toda a sorte de exploração a que as mulheres estão expostas na realidade da prostituição.
 
Pedimos apoio e adesão aos movimentos e pessoas, subscrevendo esse manifesto.
 
 
Palmas, 01 de junho de 2010.
 
 
Gmel – São Paulo
Gmel – Rio Grande do Norte
Gmel – Tocantins
Gmel – Maranhão
 

31/05/2010
POSICIONAMENTO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS SOBRE AS MUDANÇAS INSTITUÍDAS AO PLANO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS IIIXI Seminário Mulher e Saúde – Hotel Castelo – Palmas - TO
 
 
Nós, representantes dos movimentos sociais, da Casa da Mulher Oito de Março, do Grupo Feminista Mulher, Ética e Libertação – GMEL, da Marcha Mundial de Mulheres do Tocantins, do Fórum Articulação de Mulheres Tocantinenses - AMB, estudantes de Comunicação Social da UFT, colaboradores da Universidade, Movimento pela Vida, Movimento Estadual de Direitos Humanos e APA-TO, reunidas/os no XI Seminário Mulher e Saúde, promovido pela Casa Oito de Março, Fórum AMT, GMEL e MMM – TO, em Palmas – Tocantins, vindos/as de 10 municípios, de quatro Estados do Brasil, após refletir durante dois dias sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos em sua terceira versão, e as alterações a ele impostas pelo decreto 7.177, assinado pelo presidente Lula, queremos tornar público o nosso posicionamento e reflexão, a seguir:
1)      Defendemos a legitimidade das discussões democráticas ocorridas nos vários espaços que colaboraram com a construção do PNDH III, assim como a representatividade dos diversos segmentos que ajudaram nessa construção;
2)      A sociedade civil organizada do Tocantins em luta toma posição no sentido de defender os grupos de mulheres, camponeses e trabalhadores rurais, representantes de diferentes matrizes religiosas, enfim todos os grupos vulneráveis que foram prejudicados em suas lutas com a imposição das mudanças feitas pelo governo Lula, em relação ao terceiro PNDH;
3)      Defendemos e reconhecemos a laicidade do Estado brasileiro, que deve atuar isento de ingerências religiosas e fudamentalistas na sua atuação nas três esferas de poder e repudiamos os artigos retirados ou mudados no III Plano de Direitos Humanos que se referem ao direito à liberdade religiosa;
4)      Exigimos o respeito à cidadania, à liberdade de culto e respeito às diversas manifestações e matrizes religiosas;
5)      Reconhecemos a necessidade de uma política voltada à descriminalização da interrupção voluntária da gravidez como sinal da autonomia das mulheres sobre seus corpos e como direito à decisão sobre a maternidade que deve ser assumida de forma segura como proteção à saúde das mulheres;
6)      Rechaçamos a alteração feita no III Plano Nacional de Direitos Humanos, que transforma o tema sobre a interrupção voluntária da gravidez apenas como de saúde pública, nos casos e locais onde há serviços instituídos, o que de forma alguma assegura a devida proteção à vida, aos direitos humanos e à autonomia das mulheres. Principalmente, onde não há sequer a vontade política de oferecer os serviços legais e descriminalizados de abortamento;
7)      Reconhecemos e exigimos que sejam tratados como sujeitos de direitos humanos em sua integralidade, com justiça social, econômica e ambiental, no campo, na cidade, nas florestas, nas áreas ribeirinhas e quilombolas, nos diversos biomas brasileiros, em especial nas áreas camponesas e de trabalhos rurais e onde vivem, os povos indígenas e populações tradicionais;
8)      Reconhecemos a necessidade do mecanismo das mediações como atos iniciais das demandas de conflitos agrários e urbanos, com a priorização de audiências coletivas entre o aparelho de Estado, judiciário, Ministério Público, Órgãos Públicos e as famílias e pessoas demandantes sem prejuízo dos seus direitos de acessar a justiça brasileira para solução de conflitos;
9)      Reconhecemos e exigimos a democratização e a promoção do respeito aos direitos humanos nos meios de comunicação e o cumprimento de seu papel na promoção da cultura de direitos humanos, principalmente criando um marco legal que regulamente o artigo 222 da Constituição Federal, estabelecendo o respeito aos direitos humanos nos serviços de radiodifusão e televisão concedidos, permitidos ou autorizados, como condição para sua outorga e renovação, prevendo penalidades administrativas como advertência, multa, suspensão de programação ou mesmo cassação, de acordo com a gravidade das violações de direitos praticadas, conforme consta no PNDH III original, que sofreu alterações nesse artigo de forma a abrandá-lo;
10)  Repudiamos a retirada do III PNDH do artigo que propõe a criação de ranking nacional de veículos de comunicação social comprometidos com os princípios dos direitos humanos, assim como o ranking daqueles que cometem violações;
11)  Da mesma forma, discordamos totalmente das alterações feitas pelo decreto 7.177 no que tange ao incentivo a iniciativas de preservação da memória histórica e de construção pública da verdade sobre períodos autoritários e a extensão das violações de direitos humanos, como torturas e execuções sumárias, desaparecimentos, cassações políticas, banimentos, exílios e repressões a movimentos ocorridos durante o período da ditadura militar de 1964 a 1985;
12)  Percebemos criticamente e rechaçamos totalmente a fragilização do governo brasileiro perante a pressão dos diferentes grupos de poder que agiram no sentido de promover as alterações que abrandaram e desqualificaram o terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos e desvalorizaram toda a luta dos diferentes segmentos que participaram das inúmeras conferências, fóruns e espaços de formulação de ações, políticas e controle social que culminaram na elaboração do novo PNDH;
13)  Como muitos movimentos sociais, redes sociais e fóruns, especialmente as redes feministas e movimentos do campo e da cidade, defendemos e buscaremos formas de promover uma educação popular sobre o verdadeiro sentido dessas mudanças e a análise das estruturas e poderes que desembocaram no desrespeito a essa ferramenta do PNDH;
14)  Discordamos desde o princípio da forma como foi tratado o tema da prostituição no III PNDH, sobre o qual nenhum desses grupos de poder sequer manifestou uma discordância, que propõe e pleiteia o reconhecimento da profissão de prostituta como forma de assegurar trabalho decente, seguro e digno para mulheres brasileiras;
15)  Pleiteamos e declaramos nossa disposição e ação no sentido de exigir mudanças dos artigos do PNDH III no que tange a esse tema, como forma de nos solidarizarmos com os grupos de mulheres em situação de prostituição e que viveram da prostituição, as quais exigem políticas públicas afirmativas de direitos humanos como todas as outras mulheres;
16)  Solidarizamo-nos com o Grupo Feminista Mulher, Ética e Libertação na sua luta por políticas públicas de igualdade para as mulheres em situação de prostituição no lugar de regulamentação de profissão de prostituta;
17)  Comprometemo-nos a compartilhar o maior número de informações sobre a temática da exploração sexual e tráfico de meninas e mulheres no Brasil para a tomada de posição e solidariedade com esses grupos;
18)  Comprometemo-nos a buscar articulações mais amplas com movimentos locais e nacionais para fortalecer a luta do GMEL;
19)  Comprometemo-nos a apoiar a formulação de políticas públicas, divulgando as políticas existentes voltadas para a saúde, a sexualidade, os métodos de planejamento familiar e as informações, para que as mulheres tenham mais opções no que diz respeito ao acesso ao seu direito à sua saúde sexual e reprodutiva assim como apoiar no trabalho educativo com o viés feminista e de gênero que façam leituras críticas sobre o papel do homem na concepção e contraconcepção e o papel dos grupos de poder que fazem incidência contra a descriminalização da interrupção voluntária da gravidez com a instituição de serviços no SUS;
20)  Por fim, nos somamos às redes, organizações e ao Movimento Nacional de Direitos Humanos na criação dos comitês de Defesa do PNDH III e na provocação de um amplo processo popular educativo sobre o mesmo, com recorte feminista.
 
 
Palmas – To, 31 de maio de 2010.
22/06/2010

Ação em saúde das mulheres na Casa 8 de março
 
 
 
 
 
 
 
 
 


 
Amigos e amigas,
 
Uma ação em saúde muito bacana aconteceu hoje na Casa 8 de Março, como uma das etapas preparatórias a Parada LGBT de 2010 em Palmas - TO.
A ação reuniu técnicos do HENFIL - CTA de Palmas, o GMEL - Grupo Mulher, ética e libertação de mulheres em situação de prostituição, simpatizantes do GMEL e o curso de cabeleireira da Casa.
Mais ou menos 40 mulheres e alguns homens participaram da ação.
30 pessoas fizeram o teste rápido sobre o HIV-AIDS, mulheres donas de casa, mulheres e jovens em situação de prostituição, cursistas, educadoras, travestis e alguns homens da própria comunidade.
Além disso foram entregues material de prevenção de DST/AIDS, folders, panfletos e cartilhas sobre temas similares: Câncer do cólo do útero, Lei Maria da Penha, Legislação de proteção às MESP, preservativos femininos e masculinos etc.
A equipe do Henfil foi muito eficiente e enquanto as mulheres aguardavam o atendimento e o resultado da testagem rápida (que sai em 15 minutos) fizeram escovas e cortaram os cabelos e conheceram mais atividades da Casa 8 de Março.
Valeu a pena esse trabalho com a equipe da Parada.
Compartilhamos algumas fotos legais.
 
Notícias de 13 de agosto de 2010:
 
Quem poderia imaginar que o mais simples de todos os fóruns sociais em que participamos até agora seria justamente o melhor.
 
Esse é o meu sentimento sobre essa ediçao do Fórum Social das Américas, em Assunción - Paraguay.
 
As oficinas realmente acontecem, a participaçao é muito séria e, apesar do frio, uma concentraçao sempre presente. Todas as atividades acontecem no mesmo espaço da Secretaria Nacional de Esportes, pròximo ao Centro de Assunción. Comida excelente, muita arte e artesanato â disposiçao, pessoas muito corteses, educaçao, fineza...
 
Já nao podemos dizer o mesmo das empresas burguesas, inclusive de brasileiros/as: imaginem que uma brasileira, dona de hotel, nos ofereceu ficar em seu hotel, em bairro de classe média alta, bem próximo ao hotel Sheraton. Aceitamos por causa do frio que está muitíssimo grande, e pagamos até um preço mais alto do que poderíamos, tres dias.
 
Imaginamos que poderíamos ficar até o final...entendemos asssim. Ontem ela nos "echou fuera", logo de manha, sem ter nos avisado nada, pois chegariam gringos para alugar nosso quarato, e já haviam feito reserva.
 
Para nós que estamos acostumados â militancia nao nos importaria ficar em barracas (incluso trouxemos as nossas) ou alugar um quarto em hotelzinho barato perto de toda pobreza de Assunción, onde estamos agora, e nos sentimos em casa.
 
Admiramos sua preocupaçao conosco e mirem: a brasileira, diga-se de passagem, linda e loira do sul, só queria ter o único quarto de seu hotel que estava desocupado sem reserva, ocupado, enquanto nao havia outras reservas. Ou seja, só queria ganhar dinheiro. E nos trocou, duas mulheres gordas, com cara de pobres, sendo uma negra, por um casal de gringos, em uma manha super fria, justamente no dia em que faríamos nossa oficina no FSA.
 
Seria direito delas nos tirar? O hotel é dela!!! Mas, por que nao conversou sobre isso, porque nos mandou embora?
 
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NOSSO TALLER EM ASUNCIÓN
13 DE AGOSTO DE 2010
 
Ontem realizamos nossa oficina no FSA, coordenado por mim, Bernadete, Paulina e Cleone, do GMEL.
 
Com a participaçao de mulheres de cinco ou seis países, jovens estudantes, coordenadoras de ONGS, pesquisadoras, militantes da Marcha Mundial de Mulheres, agente da PMM de Sao Sebastiao, educadoras, pessoas que trabalham com crianças e adolescentes, nos sentimos muito honradas em poder compartilhar com todas nossa visao sobre o trabalho de enfrentamento Ä prostituiçao feminina, a exploracao de crianças e adolescentes e a trata de mulheres.
Foram quase tres horas em que pudemos falar do trabalho de nossas organizaçoes e movimientos, apresentar a experiencia do GMEL e como cada país tem enfrentado ou nao essas questoes.
Um ponto comum: as migraçoes e os problemas das fronteiras (como no caso do México, Paraguay e Uruguay) e os grandes projetos de desenvolvimento, sejam eles que que magnitud forem (as hidrelétricas, os gaseodutos, as empresas maquilladoras, as pontes e estradas) tudo isso tem contribuído enormemente para a o aumento da prosituiçao, tráfico e exploraçao sexual de mulheres e meninas.
Na maioria dos países nao há grupos como o nosso GMEL e a PMM, com uma visao mais estrutural sobre esses fenómenos, como violencias de género e mercantilizaçao da autonomia das mulheres sobre seus corpos e entranhas.
Ouviram atentamente as mulheres do GMEL, que foram muito bem em suas apresentaçoes, em responder as questoes que surgiram.
Como continuidade, pensamos em estabelecer contatos e compartilhar materiais mais permanentemente. Propusemos fazer um encontro trifronteiriço sobre o tema, tentando envolver as organizaçoes presentes e convidar pelo menos uma representante de cada um desses países: Paraguay, México, Venezuela, Uruguay e Argentina a virem ao Nosso Encontro Nacional que será em 2012, em Palmas - Tocantins.
Foi  um sucesso em termos de crescimento, aprendizagem e intercambio.
 
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HOJE, 14 DE AGOSTO
 
No dia de hoje participaremos de atividades na Carpa feminista e, na tarde, da oficina somente sobre tráfico humano na América Latina e Caribe, mais um passo adiante na integraçao das nossas lutas.
 
Muy bueno...Amanha seguimos informando nossa Trilha.
 
Berná
PMM/ GMEL/ Casa 8 de Março/ AMT 
 


13/08/2010
A TRILHA 
Amigos e amigas,
 
Fico feliz em poder repassar a vocês como está nossa participação no Fórum Social das Américas, um dos melhores fóruns de todas as edições, calmo, tranqüilo, onde as atividades realmente acontecem e com momentos fortes de debates e boas oficinas, além de ter toda a cara linda de nuestra América Latina, aqueles artesanatos, costumes, comidas e roupas típicas maraavilhosas...É tão bom ver, de vez em quando, essa linda cara multicor.
 
Nossa participação ontem se mesclou entre a tenda feminista, a tenda da Aliança social continental, oficina do Instituto Marista de Solidariedade sobre os 20 anos do ECA.
 
Na tenda feminista aconteceram palestras sobre a autonomia dos corpos das mulheres e sobre Dhescas das mulheres no Paraguay.
 
REDD+ E ++ 
Ontem pela manhã participei de uma interessante oficina sobre o mecanismo de REDD (Reduções de Emissões por Deflorestamento e Devastação de regiões de florestas).
 
Na verdadeo REDD vem sendo chamado de Rápido Enriquecimento com Desalojamentos e usurpação de terras e Destruição da biodiversidade.
 
Na oficina, promovida por Amigos da Terra, com a participação de inúmeros países, condenamos o mecanismo de REDD como mais um dos mecanismos do mercado neoliberal em suas versões + e agora ++. O REDD vem violando a soberania dos povos americanos e caribenhos, principalmente do hemisfério sul porque este mecanismo viola os direitos, usos e costumes dos povos e dos direitos da natureza ou Mãe Terra como todos por aqui a estão chamando.
 
Na verdade REDD+ e REDD++ são mecanismos de mercado, de indulgenciar e compensar produtores, comunidades e Agroempresários por conservar ainda mais bosques e florestas, sem desmatar, até que queiram, para seqüestrar carbono ou fazer sumidouros para gases poluidores e de efeito estufa (invernaderos, como chamam por aqui), isso tudo sem entendimento, sem muito consentimento prévio, livre e informado.
 
O que os movimentos e Organizações sociais presentes nesse FSA desejam é a obrigação dos países contaminadores de reconhecer sua dívida ecológica e climática, e a obrigação de transferir de maneira rápida e direta os recursos econômicos e tecnológicos para pagar a restauração e manutenção de bosques e selvas, em favor dos povos, nações, indígenas, quilombolas e camponeses. Desta maneira se propõe a construção de fundos públicos e reais para os planos de vida integral e para o Bem Viver.
 
Segundo pessoas experientes com comunidades e grupos que chegaram a aceitar atuar com REDD, os resultados são praticamente inexistentes ou condicionados a muitos fatores, quase inacessíveis, como por exemplo: possuir médias e grandes propriedades, conhecer tecnicamente as questões de clima e de floresta, aceitar inúmeras cláusulas de contrato e praticamente ficar nas mãos de assessorias intermináveis de Organizações conservacionistas e preservacionistas e que entendam de cultivos (no caso da agricultura, mecanismo REDD++) que reduzem emissões de gases de efeito estufa ou que fazem os sumidouros.
 
O meu interesse nessa oficina se dá porque estamos fazendo nossa preparação para os estudos sobre mudanças climáticas, gênero e eco-pedagogia.
 
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A oficina da Aliança Social Continental sobre Mudanças Climáticas, em seguida, na mesma linha da anterior, apontou para a necessidade da construção de um ator social (ou sujeito social coletivo) para continuar lutando e advogando por justiça climática e resgate das dívidas climáticas no Continente americano, além de mobilizar contra o aquecimento global e outras mudanças em razão da atuação dos seres humanos sobre o clima.
 
As deliberações da Cúpula dos povos de Cochabamba – Bolívia - continuam muito fortes. A Beverly Keene (Jubileu Sur) nos informou um pouco como anda a luta continental para a instalação de tribunais de justiça climática e para a realização do referendum.
 
A idéia é mobilizar todos os países para participação em Cancun – México, onde acontecerá a próxima COP (16) sobre Mudanças Climáticas, mesmo que nem todos e todas possamos estar lá. È preciso realizar muitos e muitas "reuniões de Cancun" e reedições de "encontros de Cochabamba" em todos os lugares, como forma de pressão, formação e mobilização para que os ideais da justiça climática, resgate das dívidas climáticas, a desmercantilização da natureza, o resgate do Bien Vivir de los Pueblos indígenas originários e mudanças de padrão de consumo e produção sigam sendo valores que norteiam nossa luta para esfriar o planeta e gerar eqüidade no acesso aos recursos naturais, técnicos e financeiros para barrar as mudanças climáticas provocadas pelas ações humanas em favor do mercado e do desenvolvimentismo.
 
Uma boa notícia trazida por uma representante da Bolívia nas negociações entre o Grupo que organiza a COP de Cancun e o grupo que leva adiante os textos e deliberações de Cochabamba é que esses documentos foram agregados aos materiais que serão estudados e a partir dos quais serão tomadas as decisões em Cancun – México.
 
Ela frisou que foram agregados com aspas, e que muito se alardeia que a próxima conferência das partes também não avançará muito assim como a COP de Copenhaguem; ela frisou o desnível entre o que a COP de Copenhaguem pleiteava e o que a Cúpula dos povos em Cochabamba pleiteou (a 1ª. Que os países mais industrializados reduzam 5% de suas emissões; a segunda que os países mais industrializados reduzam 50%, por exemplo, além da criação dos tribunais de justiça climática e outras coisas). Mesmo assim, todos os esforços de mobilização para Cancún significarão que desejamos mesmo um outro mundo e um outro clima.
 
Bueno... 
Hoje será nossa oficina (do GMEL e PMM) sobre a prostituição feminina e sobre a formação de um novo movimento autônomo de luta contra a mercantilização do corpo das mulheres e pelo direito humano a não se prostituir. É a única atividade sobre o tema.
 
Gracias por ler minhas trilhas.
 
Hasta mañana.
 
Bernadete Ap. Ferreira
 
RETRATO 
No dia 21 de setembro, das 14 às 17h30min, na sla de reuniões (térreo) da SEMUS, reunião da RETRATO - Rede de Enfrentamento do Tráfico de pessoas no Tocantins.
 
Sua presença é fundamental. Some-se a nós.
 
Bernadete
Escrito por ferreira.bernadete às 17h21
[
14/09/2010
 
Paulina e Vanusa do Tocantins estão lá.
Berná
 
 Feminismo na Amazônia: Belém sedia encontro da Articulação de Mulheres Brasileiras 
.

80 mulheres de todas as regiões do Pará e dos demais estados da Amazônia Legal iniciaram hoje em Belém, no Hotel Gold Mar, o IV Encontro do Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense (FMAP). No mesmo encontro haverá uma reunião amanhã (14) da Articulação de Mulheres Brasileiras, seção da Amazônia, que incorpora todos os estados da Amazônia Legal.
 
O papel das mulheres na História, políticas públicas e governo, a participação das mulheres nas conferências são alguns dos pontos de debate dos encontros.
 
12/09/2010
Fantástico aborda temática da exploração sexual no próximo domingo(10/09/2010)
A secretária executiva do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Karina Figueiredo, concedeu entrevista ao programa Fantástico em matéria que será veiculada no próximo domingo (12).
O assunto abordado é a exploração sexual de crianças e adolescentes praticado por parentes, como o caso relatado na novela global Passione. Também foram entrevistados jovens e adolescentes que passaram pelo mesmo problema, conseguiram ajuda e hoje tentam reconstruir suas vidas.


11/09/2010
 
Amigos e amigas de nossas trilhas sociais,
 
Aconteceu de 8 a 11 de agosto um lindo encontro das e dos agentes da Pastoral da Mulher Marginalizada com cerca de 35 pessoas das cinco regiões do Brasil.
Aprofundamos o resgate histórico dessa caminhada de quase cinquenta anos e pudemos reconhecer e conhecer a imensa gama de trabalho de nossa linda Pastoral
em todo o Brasil. Fazemos muitas coisas muito bonitas.
Renovamos nosso compromisso com a PMM e com a causa das mulheres em situação de prostituição.
Eu, em público, reafirmei meu compromisso com o GMEL - o Grupo Mulher, Ética e Libertação, que surgiu dessas lutas, até que esse novo grupo feminista se torne um
grande e poderoso movimento de mulheres que lutam por outra ética e libertação que não aquela que o mundo capitalista e patriarcal propõe.
Volto a Palmas amanhã.
 

 

23/09/2010
 
Amigos e amigas,
 
Na terça-feira, dia 21 de setembro, fizemos uma pequena reunião da RETRATO, na sala de reuniões da SEMUS.
Devido à presença de Lula em Palmas, e o transito estar impossível, poucos pessoas conseguiram chegar ao local.
Mesmo assim, encaminhamos algumas coisas importantes.
1) Teremos nova reunião da Rede em 18 de novembro de 2010, à tarde, no mesmo local;
2) Definiremos programação e data do Encontro estadual, que será no início do ano de 2011.
Informem-se, compareçam.
 
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19/09/2010
 

Esta é a nova arte da nossa Campanha "NÃO DÊ CARONA" para a exploração sexual comercial de crianças e adolescentes na Amazônia Brasileira.
Ela já completa dois anos e foi idealizada e realizada em seu primeiro ano pelos sujeitos sociais que contém a logomarca na arte da campanha.
Se o seu movimento ou Organização deseja se somar à nossa luta e caso queira multiplicar o material promocional em forma de cartazes, folders, banners, faixas, camisetas, nos comunique e poderá colocar a sua logomarca.
A idéia é massificar a campanha, com o intuito de coibir a facilidade com que é realizado o tráfico de meninas/os e adolescentes internamente em nosso país e até para o exterior, através de estradas, rios e fronteiras, por meios de transportes pouco fiscalizados, como carros, táxis, caminhões, barcos e balsas, por exemplo.
É também conscientizar a sociedade e a "possível" demanda de que exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, estraga a vida e o futuro dessas pessoas. Às vezes, uma carona ou a facilitação de um deslocamento tornam-se o início de uma triste história de exploração. Não dê carona, não facilite, comunique as autoridades, disque 100.
 
Setembro de 2010.
 
Pastoral da Mulher Marginalizada
Casa da Mulher Oito de Março
Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente "Talita, Cúmi"
Moprom – Movimento de Promoção da Mulher
GMEL – Grupo Mulher, Ética e Libertação
CMC –Netherlands – Mensen Met en Missie

 
07/10/2010
 
 
  
A TRILHA AMAPAENSE 
Olá amigos e amigas, 
Estamos aqui em Macapá, de onde seguiremos para Manaus amanhã a tarde.
Hoje realizamos uma oficina muito legal em Macapá sobre a prostituição feminina e  atual conjuntura de nossa região amazônica. é a segunda oficina da qual estou participando aqui e sou a facilitadora. Cerca de vinte e cinco pessoas participaram agora a tarde, a maioria feministas e repesentantes de várias igrejas e sindicatos. Amigas do FAOR, da AMA, do Imena, Sindnapi-AP, Sindsep-AP, Ghata, Associação Mariá, AAPRAP de Pedra Branca do Amapari, grupo Fulanas, CUT/AP, Cens, Rede de religiões de matriz africana e saúde - AP, jovens feministas e militantes contra o racismo, evangélicas e católicas. Muita gente! Fiquei feliz.
Logo cedo, fomos à região norte da cidade, eu e Lídia Costa da AMA, para uma entrevista no programa de rádio da nossa amiga Sandra, do GT mulheres do FAOR. Falamos sobre a realidade da prostituição feminina, tráfico de mulheres e exploração comercial de crianças e adolescentes nessas amarguradas trilhas da Amazônia, em especial aquelas ladeadas de grandes projetos "chamados" de desenvolvimento. Segue aí uma foto anexa.
O que foi muito bacana nessa oficina: constatarmos a nossa capacidade de fazermos a análise da conjuntura política da região e do Estado, frente aos novos rumos políticos tanto em nível federal quanto em nível dos Estados; aprofundar um conhecimento sobre a realidade de prostituição e tráfico que as mulheres sofrem, principalmente, nos municípios já famosos como: Pedra Branca do Amapari, Laranjal do Jari, Oiapoque, porto de Santana e em Macapá mesmo. Estamos fechando para a realização de um novo levantamento de dados e diagnóstico.
Amanhã de manhã, concluiremos nossa oficina com um planejamento e preparando melhor nossa atuação conjunta no Fórum Pan-amazônico.
Muito frutífero encontro e o fortalecimento de nossa amizade com os movimentos de mulheres do Amapá.
 Já estou com saudade, pois a acolhida como sempre é muito boa e calorosa.
 
Bernadete
 
 
rmudca@gmail.com
 
09.10.10 

Ontem, aqui em Manaus, desmaeie e meu estômago expeliu água e alimentos o dia inteiro!!! Motivo: calor de 44 graus. Praticamente não pude trabalhar. Visitei a Casa da Mamãe Margarida e dei o maior trabalho para a irmã Vanusa, que me atendeu, com chazinhos, muita água e até deitar no chão gelado da capela, eu deitei.
Foi horrível. Mesmo assim fiz contatos muito bons com o Núcleo de mulheres em situação de prostituição "Rosa Vermelha", a quem convidei a nos ajudar no levantamento de dados e deixei nosso material informativo sobre a PMM na Casa Mamãe Margarida, uma instituição das mais conhecidas na Amazônia por acolher meninas em situação de violência, exploração sexual, masus tratos e abandono.
Valeu mais essa Trilha.
 
Bernadete
 
Ontem, aqui em Manaus, desmaeie e meu estômago expeliu água e alimentos o dia inteiro!!! Motivo: calor de 44 graus. Praticamente não pude trabalhar. Visitei a Casa da Mamãe Margarida e dei o maior trabalho para a irmã Vanusa, que me atendeu, com chazinhos, muita água e até deitar no chão gelado da capela, eu deitei.
Foi horrível. Mesmo assim fiz contatos muito bons com o Núcleo de mulheres em situação de prostituição "Rosa Vermelha", a quem convidei a nos ajudar no levantamento de dados e deixei nosso material informativo sobre a PMM na Casa Mamãe Margarida, uma instituição das mais conhecidas na Amazônia por acolher meninas em situação de violência, exploração sexual, masus tratos e abandono.
Valeu mais essa Trilha.
 
Bernadete
A TRILHA - 10.10.10
 
Amigos e amigas,
Hoje, 10.10.10, em todo o mundo se realizam ações de mobilização contra o aquecimento global e as mudanças climáticas em razão da ação humana. Nós também podemos contribuir com essa luta.
No Amazônia e no Tocantins nós também sofremos muito os impactos dessas mazelas ambientais.
Ontem em Manaus estava cerca de 44 graus. Passei o dia inteiro e meu trabalho foi impedido de ser realizado, após uma longa viagem e difíceis etapas de articulação. Conversando com moradores, eles/as relatam que há anos não faz tanto calor assim. As secas, o mormaço, a baixa umidade, tudo isso se pode ver e constatar.
No nosso Tocantins, celebrado pela qualidade de vida, precisamos lutar contra os impactos das hidrelétrica, a formação dos lagos que muda não somente o clima, mas a biodiversidade; as queimadas que nesse ano avassalou o meio ambiente, a saúde das pessoas, em especial mulheres e crianças e arrasou com solos e vegetações; a depredação das serras e vegetação rasteira, pelo desmatamento para o agronegócio e para a pecuária. Entre outras coisas.
Podemos denunciar, organizar para a defesa e conservação, exigir mudanças de comportamentos de consumo e usos da terra, da vegetação e da água. Podemos exemplificar ações para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa.
Nessa semana também inicia-se a semana da Mãe TERRA, com nossos próprios movimentos, com crianças e adolescentes, com camponeses e a população urbana podemos desenvolver ações que lembrem os direitos da nossa querida Mãe TERRA: não ser depredada; não ter suas águas poluídas e mal utilizadas; não ter sua cobertura vegetal depredada e extinta; não ser superaquecida ou contaminada por gases ofensivos em razão dos modos humanos de mal-viver; não ter seus filhos e filhas vivendo em extrema pobreza etc.
Vamos panfletar? Vamos acessar as várias mídias? Vamos fazer blitz, caminhadas? Vamos produzir materiais alternativos?
Berná
 
03/12/2010
 
oficina sobre prostituição, tráfico e exploração sexual de mulheres no PAN
Esta mensagem é para colocar vocês a par de como  foi nossa oficina no Fórum Social Pan-amazônico sobre o tema dos movimentos e redes autônomas e combate à exploração sexual, prostituição e tráfico de mulheres na pan-amazônia.

Nossa oficina contou com umas 35 pessoas, de vários Estados da Amazônia e um homem do Perú.

COntou tamvém com quatro mulheres que foram migrantes para outros países da Pan-Amazônia e para a Europa que vieram dar seus depoimentos sobre o tráfico de mulheres.

Houve uma crítica da Entidade Sodireitos por jutarmos os temas e que isso cria mais preconceitos para com as mulheres que são migrantes e que foram algum dia traficadas.

As opiniões divergiram muito. O Marcel Hazeu, que é um importante pesquisador da região norte falou sobre a tentativa de mudança da legislação internacional e criar uma legislação sobre migração internacional, pois as mulheres brasileiras são tratadas como se todas fossem para o exterior traficadas ou para trabalhos com a finalidade sexual. As mulheres deram depoimentos de seus sofrimentos, mas concordam com ele sobre essa visão.

Ele disse também que se continuamos tratando o tema como "Tráfico", se continuamos falando muito sobre tráfico de mulheres, na verdade estamos colaborando com o tráfico de seres humanos, pois o ideal é lutarmos por um mundo sem fronteiras para as pessoas se locomoverem, irem e virem, migrarem quando e como quiserem.

Houve concordâncias e discordâncias.

Pensamos em preparar um encontro maior somente sobre esses temas e convocar as instituições da Pan-amazônia para continuar discutindo o tema e para continuarmos nos preparando melhor para enfrentá-los.

Do ponto de vista da Organização de novos movimentos, devemos tentar apoiar as mulheres migrantes e as adolescentes que estão indo e vindo dentro de nosso próprio país em sua auto-organização, favoaraecendo sua reinserção no país e nas suas próprias localidades e compartilhando o máximo possível de informações para elas não serem enganadas e sofrerem com a ilegalidade quando vão para outros locais ou países.

Vamos continuar nossos levantamentos de dados. Mulheres das Organizações e do governo do Amapá estão rumando para os países como Suriname e Guiana para fazerem levantamentos e trazerem propostas de enfrentamentos ao Brasil.
30/11/2010
 
Amigas e amigos, conforme proposto em nossa oficina no fórum PAM, criamos o blog e a rmudca. E-mail:
 
Enc:

rmudca@gmail.com; rmdca@ig.com.br; pmm_articulacao@hotmail.com
 
28/11/2010
 
Nós, mulheres da Amazônia, indígenas, negras, ribeirinhas, quilombolas, trabalhadoras rurais e urbanas, membros de ONG e de associações de mulheres, reunidas em roda de conversa sobre mudanças climáticas e as mulheres, promovida pelo GMEL – Grupo Mulher, Ética e Libertação e a PMM – Pastoral da Mulher Marginalizada - durante o fórum social panamazônico, no dia 26 de novembro de 2010, em Santarém – Pará, diante do que foi discutido e exposto sobre os temas, afirmamos que são os grandes projetos agrários, as grandes empresas que produzem para o capital, as hidrelétricas, mineradoras, ferrovias e hidrovias, o desmatamento desordenado provocado principalmente pelas grandes empresas e pelas madeireiras, o alto padrão de consumo, as queimadas e lagos formados por hidrelétricas, os lixos depositados em nossos rios pelas embarcações e fluxo das cidades que são os principais responsáveis pelas mudanças climáticas e sociais na vida das mulheres da Amazônia, afetando principalmente sua saúde física, moral e psicológica, prejudicando o acesso a alimentação, à terra, à moradia e ao meio ambiente saudável, impedindo o seu bem-viver, sua trajetória de emancipação e libertação, rumo a um tipo de progresso e desenvolvimento que não são o que nos pedimos.
Pelas migrações em decorrência das secas e queimadas, pela falta de alimentos em decorrência da existência de outras culturas agrárias e tipos de reflorestamentos ou florestamentos inadequados como o deserto verde do eucalipto, pelo cultivo de plantas esquisitas ao nosso bioma com a finalidade de produzir agrocombustiveis, pela mudança do clima em razão dos desmatamentos diminuem as chances de emprego e moradia para as mulheres e seus filhos e muitas tem que migrar, ficando mais vulneráveis à prostituição, ao tráfico de seres humanos, à exploração de adolescentes, às drogas e entorpecentes, à violência doméstica, ao analfabetismo e ao abandono da escola, ao trabalho escravo e à falta de água e energia, às doenças de si e de seus filhos, muitas chegando à morte prematura, inclusive por exaustão.
Entendemos que a problemática das mudanças do clima em nossa região panamazônica é principalmente uma questão de injustiça climática e sócio-ambiental às mulheres e povos que aqui vivem.
Nós, mulheres, resistimos, não nos vendemos ao mecanismo de REDD+ e REDD++, bolsa floresta e créditos de carbono e clamamos pelo resgate das dívidas climáticas e por justiça sócio-ambiental aos povos panamazônicos, à Mulher-Mãe Terra, e principalmente, às mulheres que são quem mais sofrem impactos e são responsabilizadas de administrar o sucesso ou insucesso das saídas propostas pelas políticas dos governos e empresas.
Rechaçamos as saídas como o Mecanismo de REDD – Reduções de Emissões por Desflorestamento e Devastação pelos usos da terra, bolsas floresta, créditos de carbono etc. Que tenta colocar sobre ombros das comunidades tradicionais, famílias da pequena agricultura e as mulheres a responsabilidade de esfriar a região e sofrer o ônus das mudanças climáticas.
Queremos que os grandes poluidores, desmatadores e devastadores, donos dos latifúndios, das grandes empresas transnacionais e nacionais, patrões do agronegócio e da pecuária exportadora sejam responsabilizados pela imensa dívida climática para com as mulheres, povos indígenas, tradicionais e para com as comunidades urbanas e rurais contemporâneas e do passado.
Portanto, exigimos reparações equitativas urgentes, exigimos participar dos espaços de poder e decisão, pois, queremos respirar, nadar, correr, comer; queremos viver bem felizes com nossos filhos e filhas com um clima e meio-ambiente saudável para nós, para a floresta, para nossa Mãe-Terra e todos os seus outros filhos que estão morrendo por descuido e injustiça climática como os animais nativos, nossos peixes e nossa imensa biodiversidade.
Queremos um modelo de desenvolvimento mais justo do ponto de vista sócio-ambiental, do ponto de vista econômico e do ponto de vista da eqüidade de gênero, raça e etnia.
Nós mulheres esfriamos o planeta, mas queremos fazê-lo com justiça sócio-ambiental e com o resgate das dívidas climáticas, das quais somos as maiores credoras.
 
 
OFICINA
 
Promoção: GMEL, Grupo Mulher, Ética e Libertação; AMA, Articulação de Mulheres do Amapá, Casa da Mulher Oito de Março - TO, PMM – Pastoral da Mulher Marginalizada.
Data: 26/11/2010 – Local:______________________________________
Contatos: (63) 9966-6532 e (63) 9959-2801
Participem da oficina: PROSTITUIÇÃO FEMININA, TRÁFICO E EXPLORAÇÃO SEXUAL COMERCIAL NA PAN-AMAZÔNIA, MOVIMENTOS E REDES AUTÔNOMAS. 
Promoção: GMEL, Grupo Mulher, Ética e Libertação; AMA, Articulação de Mulheres do Amapá, Casa da Mulher Oito de Março, PMM – Pastoral da Mulher Marginalizada.
Data: 26/11/2010 – Local:________________________________
Contatos: (63) 9966-6532 e (63) 9959-2801
06/12/2010
 
Essas fotos são da oficina sobre mudanças climáticas e gênero em Santarém - Pará, durante o Fórum PAM.

 
 
 
 
 
 
 
 

Participem da RODA DE CONVERSA: MUDANÇAS CLIMÁTICAS E IMPACTOS SOBRE A VIDA DAS MULHERES – POSSÍVEIS ENLACES.

 
RODA DE CONVERSA
 
http://wwwreddemujeresclimaypanamazonia.blogspot.com/2010/11/carta-das-mulheres-em-defesa-do-clima-e_30.html

CARTA DAS MULHERES EM DEFESA DO CLIMA E DA AMAZÔNIA
 

 

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